segunda-feira, 26 de abril de 2010

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

    O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.

1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
a) Simples : apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo:
                            A rua estava deserta.
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
  Por Exemplo:
                                        Os meninos estão gripados.
                                        Todos cantaram durante o passeio.

b) Composto apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.

                Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.
c) Implícito ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
                                  Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o sujeito nós é indicado pela desinência verbal - mos.
2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
                        Procuraram você por todos os lugares.
                        Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)
Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por Exemplo:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
- Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito Predicado
- Havia formigas na casa.
- Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Atenção:
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.
Por Exemplo:
                      Faz muitos anos que nos conhecemos.
                     Deve fazer dias quentes na Bahia.

Veja outros exemplos:
  • Há muitas pessoas interessadas na reunião.
  • Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
  • Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
  • Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
  • Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
  • Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
FONTE:
                   http://www.solp.com.br/

HELEN JOHNS

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CONCORDÂNCIA NOMINAL - CASOS ESPECIAIS

Olá!!

Mais uma vez aqui para tratarmos da nossa complexa Lígua Portuguesa..rs

Primeiramente, vamos definir o que é Concordância.

Concordância é o mecanisco linguístico pelo qual algumas palavras alteram suas terminações, buscando estabelecer uma harmonia com as outras palavras a que se referem na frase.
Há dois tipos e concordância: NOMINAL e VERBAL.

Hoje vamos falar um pouquinho a respeito da Concorância Nominal, mostrando algumas palavras que possum vários modos de cocordância de acordo com o sentido empregrado.


De forma geral, o artigo, o pronome, o adjetivo e o numeral devem concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere, no entanto, algumas palavras exigem concordância diferenciada, sendo algumas delas:

ALERTA
É adverbio, portanto invariável.
Ex.: Pedro e Júlia estavam alerta.

Porém, será invariável se usada no sentido de aviso (substantivo), vejam:
Pedro e Júlia deram vários alertas (=vários avisos)

MENOS
Essa é fácil, basta não esquecer que menos é sempre ivariável, não existe "menas".
Ex.: Menos mulheres foram ao salão.

BASTANTE
Pode ser ajetivo ou advérbio, se empregada no sentido de muito, temos então um advérbio, portanto invarável.
Ex.: João e Maria falam bastante.(muito)

Quando adjetivo concordará com o substantivo a que se refere.
Ex.: Paulo viu bastantes novidades.

QUITE
Temos aqui uma palavra adjetiva, assim, cocorda com o nome a que se refere.
Ex.: Pedro está quite com a justiça eleitoral.
Pedro e Paulo estão quites com a juntiça eleitoral.

POSSÍVEL
Se vier acompanhado das palavras: o mais, o menos, o melhor, a pior; fica no singular.
Ex.: Receberam o melhor prêmio possível.

Etretanto, se o artigo das expressões mencionadas acima vierem no plural, possível deverá variar.
Receberam os melhores prêmios possíveis.

Temos também a expressão quanto possível que é invariável.
Proporcionou-lhes conforto quanto possível.

CARO e BARATO
Sempre que forem usadas com o verbo custar serão invariáveis.
Ex.: Curiosidade esta custando caro.

Sem o verbo custar na frase concorda com o substantivo de referência.
Ex.: O pizza está cara.

MEIO
No sentido de metade, concorda com a palavra a que se refere.
Ex.: Tomou meia xícara e chá.

Já no sentido de um pouco, um tanto é adverbio e invariável portanto.
Ex.: A tampa estava meio (um pouco) aberta.

DE FORMAS QUE, DE MANEIRAS QUE e DE MODOS QUE
Estas expressões não existem.

NENHUM
Normalmente varia.
Ex.: Vocês não são nenhuns coitadinhos.

O plural só será usado se o pronome vier antes do adjetivo, caso venha depois só será admitido o singular.
Ex.: Vocês não são cointadinhos nenhum.

Bom pessoal, estas são algumas das várias palavras que possum tratamento especial no tocante a concordância nominal.

Wellinghton Dias!!

sábado, 10 de abril de 2010

  Redação - A Importância dos Conectivos.

  Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também as preposições, que ligam um vocábulo a outro.
  A coesão de um texto depende muito da relação entre as orações que formam os períodos e os parágrafos. Os períodos compostos precisam ser relacionados por meio de conectivos adequados, se não quisermos torná-los incompreensíveis.Para cada tipo de relação que se pretende estabelecer entre duas orações, existe uma conjunção que se adapta perfeitamente a ela.
  Eles também são responsáveis pela coesão de nosso pensamento e tornam a leitura mais fácil e fluente. Por isso temos de saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado a outro, se a clareza assim exigir. Sem esses conectores- preposições, advérbios, conjunções, termos denotativos, pronomes relativos- o pensamento não flui, muitas vezes não se completa, e o texto torna-se obscuro, sem nenhuma coerência.
  Para quem tem o hábito de leitura, não é difícil saber se uma frase está bem ou mal construída. Ler jornais, revistas, obras literárias ajuda muito a escrever. Dessa maneira, apreende-se a estrutura frasal de forma quase imperceptível. Se você não tem esse hábito, é bom passar a tê-lo. De qualquer forma, tentaremos dar uma pista para você analisar sua própria frase e superar as dificuldades de contrução que porventura houver. No entanto, voltamos a insistir: ler muito ainda é o melhor remédio.
  Antes de tudo, precisamos saber em quantos segmentos divide-se a frase. Cada segmento deve estar bem conectado com o outro. Para sabermos quais os segmentos principais de uma frase, basta observar os verbos nela existentes e seus respectivos sujeitos. A frase expande-se a partir desses dois componentes. Cada par sujeito e verbo, constitui o núcleo de um segmento da frase. O período nasce da expansão dos segmentos articulados entre si. A coesão e a corência de um período dependem da boa conexão entre eles.
 O pensamento fragmentado é um dos erros mais graves de redação. Uma frase fragmentada não perfaz um sentido, pois está semanticamente incompleta. Para evitá-la, temos de saber quais os principais conectivos, sobretudo as conjunções e os pronomes relativos.Por exemplo, a conjunção MAS só deve ser usada para estabelecer uma relação de oposição entre dois enunciados.
  Porém, se houver um relação de contradição ou idéia de concessão, a conjunção deverá ser outra. Se não for assim, o enunciado ficará sem nexo. Observe um caso de escolha inadequada da conjunção:

"EMBORA O BRASIL SEJA UM PAÍS DE GRANDES RECURSOS NATURAIS, TENHO CERTEZA DE QUE RESOLVEREMOS O PROBLEMA DA FOME"

  Veja que não existe a relação de oposição ou a idéia de concessão que justificaria a conjunção EMBORA. Como a relação é de causa-efeito, deveria ter sido usada uma conjunção causal:

COMO O BRASIL É UM PAÍS DE GRANDES RECURSOS, TENHO CERTEZA DE QUE RESOLVEREMOS O PROBLEMA DA FOME.

  Para que problemas desse tipo não aconteçam em suas redações, acostume-se a relê-las, observando se suas palavras, orações e períodos estão adequadamente relacionados.
  Para conhecer mais sobre o assunto, conectivos e suas colocações, visite o site:
  Língua Portuguesa no Enem
 http://enemnota100.blogspot.com/2007/06/conexo.html

Bibliografia:
http://www.mundovestibular.com.br/articles/1428/1/Redacao---A-Importancia-dos-Conectivos/Paacutegina1.html
http://enemnota100.blogspot.com/2007/06/conexo.html


Fernanda!